duas
décadas e pouco
e
ainda não aprendi
a
não prender minhas mãos
nas
mãos de outro.
já
dispensei grade algema aliança
amaldiçoei
a marca das cordas
e
mesmo assim me colo só
com
gozo baba lágrima
essas
mãos crucificadas
imóveis
os dedos
grudados
ao suor
da
palma de outro
tão
trancados
que
se os arranco
em
um átimo
rasga
a pele tudo rasga
e
se perde em pedaços
quando
desarranjo os nós
não
sobra mais que esses rasgos
sobre
as mãos dele intactas
a
culpar as minhas mãos.
Gosto do teu jogo de palavras, que joga com a mente da gente. Prender-se e desprender-se é quase como destino. É existir e gostar que seja assim.
ResponderExcluirBoa semana e saudações!