peço abrigo ao gelo
se ao abrirmos as portas
erramos o cálculo
ruínas as bombas
na sala de estar
se abrimos a porta
ao vento que entrava
mas veio a sujeira
limpamos o crime
varremos a sala
e pedimos abrigo
a algo finito
se fomos muito quentes
a escancarar a casa
somos quentes ainda
sufocando a mágoa
esse vento irrompido
em janelas ocultas
pedimos abrigo
e não há o que abrigue
o gelo acusa todos acusam
todos acusam queimarmos demais
Nenhum comentário:
Postar um comentário