quinta-feira, 15 de junho de 2017

aquarela

o sol que mastiga o banco

avança sinfônico

lava ao redor a grama

em gema e sombra

e escala a madeira

como se bastasse


o sol despe aos poucos

da morte meu corpo 

matiza pés coxas unhas

enegrece e me arremessa

amarela ao mundo


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