Algumas vezes os problemas numa troca não são nenhuma das palavras que um enuncie, às
vezes as chances de erro na expressão são relativamente poucas, e muito poderia ser
aceito de boa vontade. O problema nessas vezes, e é por isso que baixas os
olhos quando te reprimo com os meus olhos teu verbo exagerado, o problema não era
teu verbo, mas teu modo de colocar teu verbo sem saber ler o meu. Interpretar-me literal como um
produto, um rótulo de pastas de dente, uma caixa de leite. Interpretar-me como
um texto de jornal. Reto e objetivo. Ou como se tivesse lendo meu diário, aspirando cada uma das
minhas palavras como se fosse eu. Ignorando a sinuosidade a qual sempre clamo. Minhas palavras são e não são eu - não pense que sempre eu diga mais sobre mim do que eu disse. As palavras me são, por
ser no que nos constituímos (deves saber já que não somos nada mais que o que
dizemos), mas elas não me são de todo, se olhas com olhos concretos e objetivos. Elas na verdade permitem e até se excitam com uma dose de mentira. Posso dizer que sinto pedra e sentir ar.
Posso atirar pratos no poema, quebrá-los em caquinhos, mas na vida é em mesmo
prato que apoio minhas uvas e meus sonhos e minha decisão, meu rosto de
certezas quando eu te digo que não quero que crie certezas sobre mim, porque
meu corpo não é feito de palavras e nada do que eu faço é mensagem para ti.
Já disse o quanto aprecio tuas poesia, teus textos, poéticos ou não, e sempre penso que tu sempre vai muito além do óbvio, tem habilidade para sintetizar o que pode ser ou não filosófico, real, presunção ou não, mas tua forma de objetiva e o encontro do teu pensamento com a descrição nos sinais, para mim são mais que divagações. Eu simplesmente gosto de te ler porque além do prazer da leitura, gosto da tua forma inspiradora de apresentar caminhos pelos quais se podem viajar imaginando destinos.
ResponderExcluirComo já disse antes, alguns alguns é difícil não comentar, porque é prazeroso e mais, é muito bom como aprendizado.
Bom feriado e resto de semana.