a amada me embala a cama
onde o corpo se enovela em fuga
da frieza das paredes
estou bem no meio e tenho medo
de escapar desta manta
oscilo os ombros na movência
de minha pele em suas mãos
sem pele
que embalam
criada a redoma encubro os dedos
em seu colo
e com os olhos guardamos
o alicerce da casa
ninguém ameaça -- andamos reclusas
ela me despe da blusa
e dos males do mundo
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