não aprendi a dobrar o corpo com cuidado
amasso-o
até caber no próprio embrulho
como um nó
as pernas perdem espaço
surge um tombo sem barulho
acolchoado no tecido
os cabelos se enroscam
nos sapatos
não sei desatar
meus medos da ponta
dos dedos enroscados
ao chão
o assoalho é o portal
do fim do dia
o corpo fundido
teias tecidos peles
frizz e tédios
maçaroca indiscernível
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